Caridade, uma expressão do amor

“Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta”  - 1 Co 13.7

A Palavra de Deus, esse bom tesouro que nos foi dado para uma vida plena em seu filho e salvador Jesus Cristo é, não apenas uma verdade inquestionável, verídica, plausível e viva, pelo seu poder vivificante (através do Espírito Santo -  2 Pe 2.20,21) e miraculoso experimentado pelo homem, mas é uma expressão real do amor.

“Aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor.” - 1 João 4:8

Algumas características demonstram o poder dessa Palavra, apontam não somente o seu uso, mas descrevem muito mais do que gestos, revelam-nos ações profundas de uma relação afetiva muito grande entre quem ama – Deus, e o objeto desse amor - nós.

“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” - João 3:16

O grego emprega algumas palavras para descrever a ação de amar: Ágape – afeição ou benevolência, caridade; fileo – afeto por um indivíduo ou um objeto; filos – amizade, carinhoso, amigo;  em cada uma delas podemos perceber, que mesmo que as descrevamos como um único verbo, ou substantivo, em cada expressão, ou frase do nosso português, e do próprio grego, tem sentidos e conotações diferentes: É diferente o sentimento que tenho, por um objeto, animal, de um amigo, parente, próximo e o próprio Deus.

A cidade de Corinto a qual Paulo endereçara duas de suas cartas era imprescindível a sociedade grega, por seus dois portos os gregos e corintos tinham acesso ao comércio mundial e alimentavam necessidades e o egoísmo de seus mais de 250 mil habitantes, que viviam abastadamente cercada por os seus muitos escravos, mas inclinada a idolatria e ao culto da deusa Afrodite – a deusa do amor, e suas praticas promíscuas, tais como a pratica sexual no seu culto, vivendo mergulhada no pecado.

Paulo não se dirigiu igreja em Corinto simplesmente para apresentar o maravilhoso plano da salvação – Jesus, mas indagou aos da fé, a observância de um amor que excedia o seu entendimento (Ef 3.19) e as práticas cotidianas dessa sociedade. Para isso Paulo emprega palavra grega Ágape, que só pode ter sentido em sua vida, quando da compreensão do seu significado na cruz, da renuncia e entrega de Jesus, como a relatada em Filipenses 2.5-8.

Em algumas traduções de Bíblias, ainda é possível verificarmos a palavra caridade, que talvez consiga demonstrar melhor o sentido da pratica do amor. Praticar é mais do que pronunciá-la ou fazer o seu uso em tempo oportuno aos nossos interesses, praticar a luz da verdade cristã é:  condoermo-nos da situação alheia e se preciso for, nos colocarmos em seu lugar, assim como Cristo fez por nós. Não é possível praticá-la sem a compaixão e o ser benevolente com o meu semelhante. Tiago ao falar sobre a fé, alerta que a sua prática fica evidenciada pelas suas ações, e se ações traduzem os sentidos do coração e do entendimento, sem as aplicações do amor, em todos os seus sentidos, somos apenas barulhos que soam e tinem.

Amar não é apenas uma condição fácil de observar, como o próprio Paulo relata: é uma condição de persistência - de insistirmos em sua pratica; de fé - confiar plenamente no seu poder; de esperança - de aguardar (I Co 3.6); e, verificar o seu fruto - de esperarmos com paciência no Senhor (Sl 40.1). Paulo vai alem e não apenas descreve o amor como sendo uma ação independente, atitude ou prática benevolente ao semelhante – ser caridoso, que apenas traduzem “compromisso” com a causa e não uma entrega total por ela. Ele eleva o seu valor, seu sentido e a sua profundidade em um contexto de uma vida cheio do Espírito, que fica evidente por sua situação, entre os capítulos dos dons e composição do corpo (I Co 12) e do agir pelo Espírito, com diligência (I Co 14). Não são ações que dependem apenas de nós, mas da eficácia e intervenção do próprio Deus, através do Espírito Santo, em nosso caráter (Gl 5.22).

Ao encerrar o Apóstolo dos Gentios, declara que mais do que confessarmos a Deus e provarmos do seu poder, é preciso viver o seu amor. E, amar é muito mais do que uma pluralidade de ações, é vivermos a cada dia no seu exercício, de corpo e alma, deixando a condição de menino – a imaturidade, a visão egoísta do mundo, o exclusivismo e nos tornarmos varões perfeitos – perfeitos aos intentos do Senhor, perfeitos para os limites desse corpo, perfeitos na morte e crucificação da velha natureza e ressurgimento em Cristo glorificado.


 Ghilliard Pinheiro


6 de mar. de 2014
Publicado por : Ghilliard Pinheiro
Assunto :

Livres para desobedecer

Kyaw Maing é um cristão Birmanês (Mianmar) que encontrou problemas em sua vila. Sendo enfermeiro, além de tratar dos doentes, kyaw também intercedia por eles. Isso desagradou a alguns, que fizeram um abaixo-assinado contra kyaw. O chefe da tribo exigiu que ele fosse embora – se não saísse naquela mesma noite, sua casa seria queimada. A resposta de kyaw não era a que o chefe esperava: “ Estou aqui por que quero servir as pessoas. Quero ajudá-las a ficarem saudáveis, e oferecer a vida eterna de Deus para elas. Por isso, eu vou ficar”.
Já faz três anos que kyaw tomou essa decisão. A perseguição não diminuiu, mas ele continua na mesma vila e na mesma clínica.
O Caso de Kyaw evidencia que a liberdade institucional, a garantida por lei, não interfere na vida do cristão determinado a cumprir o seu chamado. O chamado de Kyaw para servir era mais importante do que um abaixo-assinado que lhe dizia para parar. Assim como vários homens dos tempos bíblicos, ele obedeceu ao chamado de Deus, e não à ordem do chefe da tribo.
Kyaw agiu com base na liberdade que supera todas as situações contrárias: aquela concedida pelo Espírito Santo, disponível a todos os cristãos, em todos os lugares. Em sua segunda carta a igreja de Corinto, Paulo afirma “onde está o Espírito do Senhor, ali há liberdade” (2 Co 3.17). Essa liberdade livra o cristão de ter medo de situações que lhe são contrárias. Kyaw sabia que seria difícil. “É uma comunidade bastante budista. As pessoas aqui não aceitam bem aqueles que são de outras tribos e nem de outras religiões. Eles não vão me aceitar, porque sou cristão.” Participante de um seminário da portas Abertas para líderes do país, esse cristão comentou: “minha fé foi renovada e eu estou pronto para continuar em meio à tempestade da perseguição”.


Porção extraída do artigo: DUPLAMENTE LIVRES, DUPLAMENTE SERVOS, da revista Portas Abertas, Vol 32 n° 01.

22 de fev. de 2014
Publicado por : Ghilliard Pinheiro

Existe poder nas nossas palavras?

Quando pronunciamos palavras como Cristãos existe algo de especial nisso?

Quando lemos o texto abaixo , alguns ensinadores e pregadores afirmam que existe poder nas palavras do cristão:

Então Elias, o tisbita, dos moradores de Gileade, disse a Acabe: Vive o SENHOR Deus de Israel, perante cuja face estou, que nestes anos nem orvalho nem chuva haverá, senão segundo a minha palavra.
1 Reis 17:1 (ARA)

Ora, Elias, o tesbita da Tisbe de Gileade, disse a Acabe: "Juro pelo nome do Senhor, o Deus de Israel, a quem sirvo, que não cairá orvalho nem chuva nos anos seguintes, exceto mediante a minha palavra".
1 Reis 17:1(NVI)

Elias tisbita, que era dos que peregrinavam em Gileade, disse a Acabe: Pela vida de Jeová, Deus de Israel, em cuja presença estou, não haverá neste ano nem orvalho nem chuva, senão conforme a minha palavra.
1 Reis 17:1

 Consequências e autoridade.

É inegável o poder que as  palavras tem , o que  falamos produz consequências, boas ou ruins, mas isto não implica um "poder"  como o de Deus, é a lei da semeadura -o que eu planto vou colher-, é o que física diz : ação gera reação. Se difamo alguém, posso receber a truculência das pessoas de volta .

Quando um líder dá ordens o seu ao súdito, ele cumpri em obediência à autoridade ,  é um principio de autoridade e hierarquia. -Preciso obedecer as ordens de meu chefe? Sim ele é uma autoridade sobre a minha pessoa, a Bíblia fala sobre isso(Ef. 6.5). Devemos obediência aos governantes (desde que não firam os princípios da palavra de Deus ) e autoridades. Não quer dizer que o líder detém algum poder místico em suas palavras, ele detém autoridade , que pode ser bem usada ou não.

Palavras podem aproximar amigos, conciliar pessoas, destruir lares , provocar guerras, mas as palavras do homem não tem a mesma autoridade e poder das de Deus. Só Deus tem o poder criativo, de gerar as coisas do nada pela sua palavra.

E disse Deus: Haja luz; e houve luz.
Gênesis 1:3

O poder das palavras na Bíblia

A bíblia fala sobre o poder da língua , Tiago alerta sobre isso:

Pois todos nós tropeçamos em muitas coisas; se alguém não tropeça em sua palavra, é um homem perfeito, capaz de refrear também todo o seu corpo.
Ora se pomos freios nas bocas dos cavalos para que nos obedeçam, também governamos todo o seu corpo.
Vede também os navios, ainda que sejam grandes, e levados por impetuosos ventos, entretanto com um pequenino leme se voltam para onde quer o impulso do timoneiro.
Assim a língua também é um pequeno membro, mas se gaba de grandes coisas. Vede como um pouco de fogo abrasa um grande bosque!
E a língua é um fogo. Como um mundo de iniqüidade está colocada entre os nossos membros a língua que contamina o corpo todo, e incendeia o curso da vida, e é incendiada pelo fogo da geena.

Tiago 3:2-6 (TB)

Aqui, Tiago esta falando do mau uso da nossa comunicação e do abuso de autoridade.Ou seja,  Falar sem pensar pode gerar consequências graves.


As nossas palavras são assinadas por Deus  ?

-Elias profetizou : segundo minha palavra não vai chover. Então vou fazer o mesmo!-

As palavras dos cristão de certa maneira possuem um certo poder, o poder de referência , de testemunho, de ânimo , conforto. Isso não está reservado somente aos cristãos, qualquer pessoa pode gozar deste "poder".

Quando pronunciamos a palavra de Deus , aí sim  estas palavras passam a ter poder, mas não por nós mesmos, mas pela fonte , de onde veio esta base, que é o Próprio Deus. Eu estou sendo o canal apenas, mas o poder está emanando de Deus , pelo compromisso que Ele tem com sua palavra.

... mas apresentai-vos a Deus, como vivos dentre mortos, e os vossos membros a Deus, como instrumentos de justiça
Romanos 6.13

As palavras eram de Elias ou de Deus?

Muitos leitores quando analisam o texto a principio acreditam que Elias falou segundo sua própria vontade e que devido ao seu crédito ou comunhão com Altíssimo , Ele assinou em baixo.

Precisamos sempre à luz da interpretação Bíblica ver o contexto da narrativa.

No trigésimo oitavo ano do reinado de Asa, rei de Judá, Acabe, filho de Onri, tornou-se rei de Israel, e reinou vinte e dois anos sobre Israel, em Samaria.
Acabe, filho de Onri, fez o que o Senhor reprova, mais do que qualquer outro antes dele.
Ele não apenas achou que não tinha importância cometer os pecados de Jeroboão, filho de Nebate, mas também se casou com Jezabel, filha de Etbaal, rei dos sidônios, e passou a prestar culto a Baal e adorá-lo.
No templo de Baal, que ele mesmo tinha construído em Samaria, Acabe ergueu um altar para Baal
.

1 Reis 16:29-32(NVI)

Acabe filho de Onri, começou a reinar em Israel(reino do norte, com suas dez tribos, cuja capital era Samaria ) e casou com a profana Jezabel, que era filha do rei dos Sidônios. Ela foi a responsável por introduzir o culto a Baal em Israel. Baal era considerado o deus da fertilidade , aquele que provinha as chuvas ,uma vez que Israel era agrícola. Deus Yavé, o Deus de verdade e Senhor de Israel envia o seu profeta (Elias) para profetizar , que não haveria chuva sobre a terra , senão segundo a ordem do seu profeta (Elias).

Três coisas apreendemos desta lição:

  1. Quem mandava a chuva era o verdadeiro Deus , ou seja Yavé e não Baal.
  2. Devido a proliferação dos falsos profetas(I Reis 18.19) Deus precisa mostrar, que a verdadeira palavra vinha do seu profeta(Elias), por isso Elias disse , que segundo a sua palavra a chuva retornaria.     
  3. A palavra que Elias profetizou não era sua, mas sim do Senhor , Deus mandou Elias profetizar e agora o ordena que vá à Acabe, que Ele mandaria a sua chuva, ou seja as palavras de Elias vieram do próprio Deus e não simplesmente da sua vontade ,   como podemos ver : 
Depois de um longo tempo, no terceiro ano da seca, a palavra do Senhor veio a Elias: "Vá apresentar-se a Acabe, pois enviarei chuva sobre a terra".1 Reis 18:1 (NVI).

"Enviarei chuva", quem enviaria ? o mesmo que fez cessar : Deus.
Era uma questão nacional , do relacionamento de Deus com seu povo Israel -a quem amava-, Elias foi o canal que O Senhor usou para tentar convence-los dos seu pecados.

A questão de Elias era muito mais profunda do que o famigerado "Determinismo" -eu determino-, nós não determinamos nada  , o poder pertence a Deus, que é soberano e faz o que Lhe apraz.

Deus pode honrar nossas palavras?

Sim, desde que aquilo que falamos seja da vontade do Senhor e vindas da direção do Espirito Santo.
Quem opera em nós não é o ego , mas sim o Senhor. A gloria sempre será de Deus.

pois é Deus quem efetua em vocês tanto o querer quanto o realizar, de acordo com a boa vontade dele
Filipenses 2:13

Deus não reparte sua gloria com ninguém , sejamos submissos e reconheçamos quem tem operado em nossas vidas.

"Eu sou o Senhor; esse é o meu nome! Não darei a outro a minha glória nem a imagens o meu louvor.
Isaías 42:8


19 de fev. de 2014
Publicado por : Eu amo a escritura
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